ide ir mais fundo
ide sempre
de sol a sol
de luz em luz
a dobrar os castelos
retos e curvos aos barracos
e deixar para trás os caminhos
e não olhar pro ontem
muitas são as noites
diversos os luares
e suntuosos os palácios de promessas
e incrédulos os absurdos da ilusão
onde - meu deus!
Quem – meu deus!
espinhos esgueiram-se lépidos e traiçoeiros
radicais promovem uma corrida infâme
ainda assim
e então
para o caminhante há de sempre o destemor
os buracos da estrada são visões
o olhar sereno, resoluto – a beirar o tempo
a visão atribulada, tórrida – esperando os momentos
o centro da dança das fogueiras em festa
a alegria do fogo não queima
alegria!
Toca!
ide ir mais fundo
ide sempre
de sol a sol
de luz em luz
a ouvir de sinos o eterno chamado
falando dos sinais a seguir
em cada longínquo campanário
no amor do canto de outrem
e só
e continua...
Texto (ou vice-versa)
Rosa - Ismael
Verde - Niltim
Um comentário:
Vice-versa. Tá Lindo.
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