Ao sentar na cadeira, a imaginação fértil e a possibilidade de criatividade percorre todas as glândulas e os hormônios incentivam os dedos já posicionados ao teclado! A verdade (tirando o fato de que ela em si não existe) é que são só besteiras de uma pessoa que se resume a um Fabuloso Destino... como o de Amelie... Sim, eu quero minha vida uma fábula!
6 de setembro de 2012
poema do desapego (sem sentido)
E então os dois eram apenas um em vácuo
era uma única esperança
um único verso
uma única solidão temperada de desassossego
era a sorte vazia
a intensidade camuflada
era a noite sem sentido
E então não havia conexão em duo
pois 1 + 1 não podia se somar
havia um parêntesis alocando o outro
se sobrasse, talvez teria uma antítese
equação sem sentido
E então tinha o medo
a vergonha do outro
o saber-se só sem estar tão só
sem coragem de dizer o não
sem memória de dizer da ilusão
e para a tristeza
sobra a criatura sem sentido
E então mais uma vez
titubeia em lampejos de vontade
e lembra que não há eco
não há reflexo possível
(talvez uma refração de leve)
para por limite ao encontro
para sonhar o impossível de casal
dormir pra esquecer
que mais uma vez escorrega
na irrequieta e sintomática
criação de uma paixão sem sentido
Ilustração: Vânia Medeiros
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