30 de novembro de 2008

carta à Banda Larga Cordel


A pretensão desse texto é a rede. Talvez seja uma pretensão enorme, mas penso que o posso por aqui. Esse é o maior desafio dele por que não dá mais pra deixar de dar atenção ao que nos circundeia: a rede. E a rede não como lugar de apenas descanso (mas ele também, e seu balanço contínuo), mas como seu lugar de pontos de encontro. A rede é como se fosse a costura dessas palavras e não seria outra coisa senão uma pretensa e sonora ilusão de que estejamos em outro ponto de história no qual as palavras escritas tendem a se formar símbolos interconectados. Nesses tempos (e tempo é uma palavra contínua, como gerúndio) tende-se a pensar que não andamos - ou que a pura estética solitária nos redimirá, estes não se atentaram para a potência da rede. Há os que temem em prever que as classes se rebelarão no fechamento das fábricas, nas greves sindicais. Estes também não ligam pra conectividade entre os povos.

Eu ligo, ou melhor, eu conecto!

Há algum tempo, recorre o pensamento de que a continuidade da história e a prórpia construção dela se baseia no desenvolvimento dos conceitos de política, cultura e desenvolvimento. Mas hoje há a imagem e a criação dela que nos insere no mundo, pelo menos na história deste. Não se trata de romantismo a liberdade de criar e isso está muito claro quando Gil (o estopim de uma revolução) nos faz pensar que viver em comunidade hoje se trata de ligar-nos em ciência e espírito em infovias libertas, onde o copiar é sincero e potencial e as palavras vão se acrescentando em sentido. Esse texto é uma cópia, assim como tem a pretensão de rede (como se disse no começo). E você poderia clicar aqui para desvendar as imagens que se passa pela vanguarda desses pensamentos, mas é bom mesmo que você crie - ainda estou aprendendo.

A criação de subterfúgios e de metáforas para dizer o que vem a seguir seria mais simples, porém esse quer se dizer uma carta para agregar outros a esse mesmo pensamento: de que só a conexão nos libertará!


Uma série de pensamentos se abrirão e eu não me furtarei do pensamento de um movimento novo onde a arte e a criação artística é um ponto pungente para nos emancipar. Onde a política de nos fazer cultura junto, a nossa dimensão territorial, o nosso ser-tão Brasil, a mobilização e ação política e uma Banda Larga Cordel se constitua dinâmico e vivo para que a gente fale de si, produza novos caminhos com outros lados do espaço/tempo e participe ativamente da história!

O movimento de 22 e o tropicalismo está renovado nesse momento. Que encontremos a chave que nos tire da imagem de inércia e nos movimente em coletivo e conectados!

pela aula-espetáculo Banda Larga Cordel de Gilberto Gil e para as mentes pensantes de Sarah, Vavá, Maria Eugênia, Zé Diego, Vânia, Raíça, Tom Zé, Mônica, Patrícia, Juliana Lima, Franklin, Regina Casé, tantos outros e você se quiser assine embaixo!

Foto: Gilberto Gil e Banda Larga