23 de maio de 2007

Homens em um fabuloso destino


Em olhares, são certeiros... movimentam-se como se por andar em ambientes de delicadeza firme ou sensibilidade certeira. Alimentam destinos não-traçados e não se eximem do desejo de liberdade. Há um acesso de carinho, há um ninho de verdade que é ainda mais bonito quando vem acompanhado dos seus mais belos sorrisos. Amor... eles acreditam nisso! e eu acredito neles!

"Olha mais pra mim
Dentro de meu sentimento e tudo de mim Seja meu lar, uma canção, um carinho Uma frase de paz Te acorda! É a dança, o momento, a roda que vai"*

  • De repente, assim num toque. Um olhar delicado, um toque delicado. Um bom perfume. Ele é do branco, tipo do ar de compatibilidade e clareza de caminhos. Ele ama e de forma tão profunda quanto é o próprio desafio de ser. Ensina a olhar de verdade, duvida do se questionar e se impõe. Ele é beleza no caminhar... Quando de suas fraquezas, não se limita, nem se inibe. Maior do que qualquer sensação de invisibilidade. É próximo. E, talvez, seja o próprio desafio de ser o que o faz amor!
  • Passa diante de um caminho tranqüilo e no fundo tem uma imensa vontade de estar no turbilhão. Emoção... se o que te move é a liberdade, então te jogas na fissura de um furacão de desejos. É uma criança de aprender, é um carinho e é de verdade! Laranja, pressupõe energia e simpatia no seu estar e faz os outros serem felizes sempre. Com o outro... caminha por caminhos de vontade e dúvidas. Ama fazendo-nos rir. Bingo! Encontrou a fórmula mágica do convívio e oscila entre as forças da fragilidade e da fraternidade.
  • Carregou-me no colo de poesias. Uma vez que não se limita, vai se expandindo na dimensão que o próprio universo é o maior paradigma. Tanto que parece estar escrito nas estrelas que um dia o pensamento dele se torna sonho e utopia – horizonte que costuma ser motivo de caminhadas. De sua confusão traz surpresas tais quais rosas e poesias. Ou uma música de Cazuza, ou um poema de Vinícius. Imprime carinho de forma doce. Vermelho! Ele é o observatório de detalhes e nariz de palhaço numa noite de sonhos. E, para deixar-me feliz, me deu poesias de colo.
  • Ele é particular. Suas máscaras são sinceras. Marca o espaço por onde anda como talvez as borboletas nunca consiga em seus vôos. Energia e liberdade são tão fundamentais como o ouvir e o falar. O diálogo. Atenção. Firmeza. Vontade. Inteireza. Azul. Uma conversa de olhos é clara, apertos fraternos de mão. Aumenta a vontade de outros cenários nessa cidade, desejo de diversão. Volume de som, mais cores, mesa de bar... amizade!

"A primeira noite que te viu entoar uma emoção Tanto calor em teu rosto Como em toda visão É o mundo, é a senha pra que eu te sentisse ali Força de um leão Venha de lá"*

  • Ele sempre me espera pra abraço
    com carinho sensível de irmão
    parece que o destino é um laço
    para ele que é flor e gratidão
    guerreiro na vontade de andar
    escolhas com leveza e esperar
    grande homem, com belo coração


    marrom da cor do velho
    viaja por suas próprias emoções
    peleja com esmero
    poesias com rimas de paixões
    caminha com fantasia
    por sua BELA compania
    aliando flores com razão


  • Corre. Se movimenta paciente e decidido pelas ruas, avenidas e largos da cidade. Direito, social e político. No fundo prefere a praça e a boemia das músicas de pandeiros e violão. Brilho do olhar é gracioso. Movimenta o corpo paciente e decidido, porém agora baila em espaços de sonhos, imaginações de artista. Toca pra ela cantar, coleciona idéias. Vivacidade se parece com seu caminho. É cinza o menino robusto, bonito de olhar de paz confortante. Mais adiante, de passos de simplicidade... amor, ele é amor!

  • Ele é sensibilidade. Afetividade em pessoa. Com personalidade e coragem parece ter a concreta sensação de que a vida não pode ser apenas costura de fatos. Acredita no amor e vê imagens claramente imóveis e ao mesmo tempo dinâmicas no seu cotidiano. Os sons completam sua amorosidade e não é mais nada a não ser a vontade de que a vida seja paz e costura de bons sentimentos juntos. Uma cena que pode ser paradigma ou seu espelho é o abraço. Amarelo! É a energia vibrante do companheirismo... e continua...

  • Na mais concreta das possibilidades ele surpreende a percepção do ser. Monumento que acolhe a paciência e a sensível atitude aparente. Timidez pode até ser arma, mas é o olhar o que realmente atribui a sua maior sedução. Conquista colo, carinho, afago. Verde de suas andanças, das suas estampas, dos gestos sinceros. Espera até um pouco mais tarde para o diálogo curto, um pouco de carinho, palavras de afeto e por fim, mil beijos. Sempre!


"Venha de lá
Anjo Suave, sem esperar
Grita que quer viver

Olha bem para mim..."*

  • Ele faz sonos. Assim como quem mergulha prudente por imaginações criativas, simbólicas. Como se a felicidade estive a passos à frente, encorpada em tons e notas musicais. Tudo enfileirado em escolhas organizadas e sensíveis na partitura do caminho que trilha. Ele faz imagens. Como se tivesse colocados sonhos em papéis, em telas de computador. Mágico, enfeitando o mundo com luzes de feições de sonhos! Ele, rosa, assimila o estar e captura em olhos... Ele é imagem e som!

  • Prefere sempre aceitar o que seu coração lhe diz. Dourado. Cor de sol, de praia no pôr-do-sol. Maresia. Mistério. Sorriso de expressão calma, música de Marcelo Camelo. Sou um pouco dele, paciente, criterioso e sensível. Ensina a se aceitar, se entrega com força e volta para dar o abraço que faltou. Sua principal militância é por aceitar a viver em paz e, assim, inteligente que é, adquire mais e mais formas com o tempo. Bonito... sorri e abraça!

  • Caetano estava certo. Existe um leãozinho nesse mundo que molha sua juba no mar displicentemente e pede colo como quem pede por viver m paz. Anda, caminha, distraidamente para o lugar que continua a escolher. Dispõe de vontades e saudades mobilizadoras. Mergulha paciente em águas de simplicidade... no fundo sua imaginação é que lhe move! E, por sorte ou alicerces da vida, ele faz cinema...

Esses moços... são esses meninos... de fabulosos destinos, de amores e amores! e ainda tem outros...

Ilustração: Vânia Medeiros

* Trechos da música Dança dos Meninos de Milton Nascimento

3 de maio de 2007

um amor a dois... em palavras!


Parado envolto a lençóis brancos, nunca tinha se olhado com aquele sorriso no rosto. Abriu o olho devagar, sentiu o odor que pairava no ar e tinha acabado de acreditar que a felicidade ainda estava a flutuar por aquela atmosfera ser arrependimentos, sem crimes, sem perdões. Ainda não conseguia ver o espaço totalmente, já que o sorrir lhe impedia de enxergar perfeitamente tudo. Extasiado, sentia cansaço gostoso no corpo com marcas de momentos anteriores que ainda lhe tomam todos os pensamentos. Cheira devagar as cobertas enroladas naquela cama. Abre os braços como se pudesse ainda apalpar a sensação que estava sentindo então. Quando cai na tentação de duvidar das suas emoções, respira profundamente e olha pra frente. Perto da porta, alguém simplesmente o observa como se o olhar pudesse dizer que nada era imaginação. "Bom dia!" dizia aquele olhar e estava satisfeito.

"Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o teu coração
(...)
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração".*

Seus olhos parecem pedir carinho, atendido com gosto. Parece que dançam de rosto colado, sem nunca deixarem de se tocar. Parece que a lierdade é aquele quarto e todas as possibilidades são abertura de póros e sensação de prazer intenso. A limitação era o azul claro que o céu refletia. Aquele instante era do toque. Do sentir a pele massagear o ego. Alimento para a sensação de inteireza e do olhar a beleza do estar. Como se tudo fosse um camplo florido e calmo.

Nada era tão bonito do que o trivial. Duas xícaras estavam na pia, dois talheres ainda sobre a mesa, dois chinelos perto do sofá, duas escovas de dente no banheiro, dois olhares de desejo, 4 mãos a tocar os corpos. Tinha-se plena certeza de que o prazer esta intrínseco ao caminhar a dois!

"Eu vi quando você me viu
Seus olhos buscaram nos meus
O mesmo pecado febril
Eu vi... pois é, eu reparei
Você me tirou todo o ar
Pra que eu pudesse respirar
Eu sei que ninguém percebeu
Foi só você e eu

Foi só por um segundo
Todo o tempo do mundo
E o mundo todo se perdeu"**

Sucumbia a qualquer pedido expresso. Noites eram imagens reveladas em alta resolução com cores vibrantes. Passaram em revista o sentido de paixão e, embebecidos de incertezas, nem pareciam pensar nas dúvidas que os circundavam. Os únicos pensamentos estavam voltados para qual a cor da casa que iriam comprar, qual o melhor lugar para férias de amor ou por que o tempo não pode paralisar enquanto estão juntos.

Ele relaxou certo do afago. Enquanto ouvia coxixos no ouvido sentia com gosto uma barba que lhe roçava carinhosamente o pescoço. Depois do beijo, lembrou de agradecer mais cuidadosamente por ser público-alvo da identidade visual do outro.

"Não dá pra esconder
Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você"***

No contato com a vicissitude que acomete as palavras pensara sozinho se "havia belezza alí ou era criatividade minha"**** ainda sonha e continua ...

Ilustração: Vânia Medeiros

* Trechos da música Olha pro céu de Luiz Gonzaga e José Fernandes (cantada por Ceumar)
** Trechos da música Cupido de Cláudio Lins (cantada por Maria Rita)
*** Trecho da música Pensar em Você de Chico César (cantada por Daniela Mercury)
**** Trecho da música de Liminha e Vanessa da Mata (cantada por Vanessa da Mata)