26 de janeiro de 2011

Bel prazer [ou pronto para ser amado]


Pan-ilimitado saído do lugar mais amplo da diversidade
queria inclusive desviar dos limites
como se pudera destituir-se das fronteiras.
Ridículo e não se importava ao mesmo tempo em que lhe dirimia os sentimentos de infinitude.

Mas é um tolo mesmo distraído da literatura,
informalizou a inquietação mas ardiam os desejos limiares.
Quase que se projetando na casa da saudade
vontade de ciúme barato pela sua pessoa
instingante coragem de querer bem.

Interessante foi que a moça lhe disse que para se saber pessoa faz-se necessário detalhes de escova de dente na pia e toalha molhada encima da cama
estava entendido o amor em palavras, estava liberto.

Pois que se faça chegar o rei
aquele quem cuidará de seus versos prolixos
além de suas confabulações solitárias
o que tocará em pontos sensíveis de seu prazer
e amansará sua vergonha de simplesmente não ser.

Ilustração: Vânia Medeiros

3 comentários: