4 de março de 2007

A palavra e o tempo


Ademais
enquanto houver inferência
novas lógicas serão perceptíveis
crises como mudanças
e as transformações
não se limitam mais.
Margem e inerência
capacidade de ser
mais do que o é e estar junto

Quando for sol
e percepção da manhãnzinha
uma mulher é concretude
um homem é sonho
e tudo muda com o tempo

A analogia fundamental
é a alegria instrumental
parte de diálogo natural
e sagaz da imagem

Na certeza insensata,
nunca é absurdo
assim como antes é indiferente
assim como depois ainda não é

Na primazia do soberano
miticidade é ambiência constante
e dentro de sensações mais profundas
viver é imprecisão
nada de sim e não
criatividade de ilusão
imagem e ação
vivacidade

Ainda o hoje é o necessário
como o amar pras flores
como o sentir pro coração.

Ilustração: Vânia Medeiros

(A homenagem que se pode fazer a um mestre é fazer a arte de sua vida. Dessa forma essa poesia é para Zeca e dele, como o quiser. Em outra etapa de sua história agora ele alça outras poesias e o é em saudade! Fique bem poeta, vá em paz... E a gente fica com a poesia... ou seja, a beleza continuará!)

6 comentários:

Anônimo disse...

...e o pingo do i tomou uma atitude e virou ponto final...

viva a poesia!
viva nosso zeca, zeca do mundo, zeca da cidade.

saudade saudade...

Anônimo disse...

especial.

f.

Anônimo disse...

viver é sentir o gosto do talvez...
abraço!

Vinícius Alves disse...

Só estou vindo agora retribuir o comentário! Depois venho visitar seu blog...
E fique tranquilo, nos meus rabiscos tem espaço para todas [as opiniões].
Fique bem!
Saudações,
Vinícius Alves.

Anônimo disse...

meu amigo Niltim, me permita o mote e seu espaço|

querido Zeca,

aqui a estrutura se modificará,
o falar desafiará o calar,
onde era sertão, será mar.

seu verbo instituiu,
recobriu,
nos corações sorriu.

desafiou, libertou;
de meras fagulhas... clarões

de questionamento,
sua alma,
seu inextinguível rebento.

ave com ternura,
admiração
e respeito.

sob coração,
é feito.

Anônimo disse...

Minhas aventuras poéticas andam por terrenos desconhecidos. Mas ai vou eu!