8 de março de 2009

Longas cartas pra ninguém I*


Ontem o dia foi longo. Não deu para sentar em uma pedra na beira do mar, ou embaixo da sombra de alguma árvore para ler, nem mesmo ir ao cinema. O dia foi longo, durou mais do que os dias anteriores e isso foi bastante diferente. Significa que me preocupei em sentir a respiração para ver se continuava ou de contar os passos na rua para ver se o sol não me pegava tão rápido nas costas. Uns pensamentos que ficam se movimentando e de repente paralisam o tempo. Duro mesmo foi o momento de pensar no tempo, o porquê ele e dinâmico, qual o motivo de acrescer os desafios e trazer cada vez mais a responsabilidade de se cuidar sozinho. No fundo é tudo fruto de muito medo. O medo alonga o dia.


Em verdade, estava querendo dizer que há os dias e eles devem ser bem vividos, como parafraseio a da Lis no peito.


Ontem também foi um dia que pensei bastante. E pensamentos são sempre um mistério, a gente começa com algo que nos chama atenção mas nunca sabe mesmo onde vai parar. Ah! Esses pensamentos que não superam as sensações. Sempre acho que vou ter respostas e as dúvidas aumentam cada vez que algum conceito vai se firmando. Como pré-conceito talvez, mas como algo sedimentado. Eu não acho lógico a idéia de que não teremos certezas, mesmo entendendo que só vivemos mesmo pelas perguntas que nos movimentam. Talvez por isso não consiga abandonar o acho quando as frases saem de forma afirmativa.


*Alguns trechos de cartas pra...

2 comentários:

Anônimo disse...

Parece que quando a gente pensa mais durante o dia, e ele se alonga por nossos sentidos, os poucos, a gente ver as distancias de um dia pro outro e pensa no que pode ser feito nesse periodo de puro pensamento.

Ainda falta fazer muita coisa para poder pensar em paz.

JL disse...

O medo faz o tempo passar devagar, é verdade. E o pior: faz as coisas que a gente quer demorarem de acontecer.
Acho que é porque nosso tempo não é igual ao tempo do tempo necessário pra gente.
Oxalá esse tempo queira nos contemplar com a chegada do nosso momento certo. Oxalá!