6 de setembro de 2009

O passeio por duas loucuras


Prôpos um pacto de silêncio... psiu!!!! olhando ao redor vestia-se de armas de flor de lótus para se certificar que nada o alncançaria. Solidão. Um correu para o lado de onde o vento não vinha para enlaçar folhas verde macio. Outro se manifestou por dois grandes motivos: a libertação de seus desejos e a maturidade de sua infância.

Perdeu os méritos no meio do caminho. Segundo especialistas, não há o que temer quando se logra algum desperdício de tempo. Ao contrário, coragem rapaz! A inexistência da verdade lhe propõe dessa mesma forma um universo de encantamentos que pode ampliar as visões a partir desse momento, adiante. Eu que não sou sozinho, me busco nas intermitências dos carinhos alheios, pensou de forma abrupta e num canto qualquer.

Ah! o amor, deveria descorrer aqui sobre o que esse desafio proporciona de mistério. Mas é isso mesmo que parece a loucura. O MISTÉRIO, como a fantasia, o é. Não optou pelo momento de normalidade, acorrentou-se e entendeu que as realidades confortam a sabedoria. E quando se olhava no espelho orgulhava-se de batatas da perna, do prazer que sentia pelas coxas grossas e por ser homem. Gostava do pênis entre as pernas, gostava de fazer a barba - por ela existir. O outro não muito, já que se percebia feio.

- Beijou o espelho.
- Andou pelo jardim estático onde observava outros.

Vai continuar pelo meio do caminho seguro. Agora, distante de realidade, um abraça o outro, choram pelo conforto e são alegres em diversos momentos como se sentiam alí. Um abraça o outro felizes naquele momento, como tristes em diversos outros. Um toca o outro como se o prazer fosse merecido e como se o gozo fosse memória. Arrepiou a pele:

- Sua mão desliza pelo braço forte de outro.
- Soltou o espelho.

3 comentários:

Raiça Bomfim disse...

Caminhos, espelhos, prazeres... Quantos arrepios fazem um amor?

Franklin Marques disse...

"Com que pernas devo seguir?"

Autofagias?

Luigi Piccolo disse...

Não sei porque, mas me lembrei da "Cantiga de Acordar" do musical Cambaio... Uma pedaço diz assim...

Num jardim fugaz
De espirais sem fim
Eu corria atrás
De mim
O homem se distrai
Dorme em boa fé
Sua sombra sai
A pé

Lindo texto, Niltim!