28 de agosto de 2010

Dialogias - contação de história de dois.


A fantasia, pleno estado de espírito, nada mais é do que a garantia de inverdades sensíveis. Como se a imaginação fosse mais do que a liberdade de entendimento do mundo,fosse a equivocada e insolente prática de surrealismos sem arte. Ora, se não enaltece as tintas que sobressaem das argúrias cotidianas, nada mais são que ilusões mal concretizadas. Tudo, embora a necessidade de se entneder como parte, sobressalto da voracidade do diferente, nos obrigue a desfazer de nítidas idéias de sentido.


É bom falar isso logo, antes que se julgue o personagem de irrisório ou ilícito. Muito pelo contrário, eles não são. Não são de não ser mesmo de que cada um não é em individualidade e juntos continuam não sendo em coletivo. Eles optam pela desconstrução do ritmo rotineiro como práxis simbólica para a mediação com o estar e mais do que isso, enaltecem as obrigatoriedades como demônio antagônico, politicamente falando. E assim vão, como poder dizer de forma cabal [alguns dirão, chula], vivendo.


Um não é em lugares constantes. Em espaços de micro-poder saliente, com pequenas doses de avareza e até desejo simbiótico de altruidade. Lucra com a insensatez e permeia a vaidade como ponto pacífico nas questões centrais. Anda por andar. Duvida do movimento como necessidade e até insinua a preguiça como essencial, filha legítima da fluidez. Outro não é aqui, neste local, no visor, na luz. Não é também pelo fato de não se ver com paciência. Enigmático, é caçador de faltas comuns para se adaptar ao hostil ambiente de conteúdos, de práticas. Se diz muito habilidoso com o mover-se e então condena os limites de forma autoritária e até com certa razão.


Mais terão do que se falar deles durante esses dias.


Basta dizer que o sexo é sim uma questão e que aos poucos terão desafios para falar sobre o corpo e sobre a inocência, de certa forma.


[continua...]

Um comentário:

Franklin Marques disse...

você me lembra o quando é intenso falar de sentimentos e o quão mais intenso é comenta-los... mas eu acredito, isso você também me lembra, que é possível.