19 de fevereiro de 2011

Sobre o sexo - Parte II


São dois. Não estão exatamente sozinho. Mas um mundo de liberdades os ronda. A assiduidade dos corpos em se encontrarem é mais do que inevitável, é reconfortante. Soltos a tensão de não estarem os rasgam mais do que a solidão de quando estão juntos. E então continua.

A mão cavouca como se ela própria quisesse chegar ao fundo, ao limite da junção de dois. Ora, lateja em propensão a sensualidade proferida pelos poros corporais. Sentem, um do outro, o arrepio que dá o tesão e a experimentação do gosto e do saboroso gosto do sexo. Ampliou a sinestesia, prazer doloroso, como se fosse o afágo da materialidade.

E mais, a lígua percorre o tronco... peitos, peles e umbigos. Úmidos. E então o gosto na boca é de carne, refluxo de sangue e ardência. Suspiros e ais. Um quase orgasmo declarado solenemente. Mas segue o fluxo e mais...

Ilustração: Vânia Medeiros

3 comentários:

Franklin Marques disse...

caliente... resgatando fluxos.

Celine Ramos disse...

e depois vontade de mais

Anônimo disse...

Muito bom!