2 de dezembro de 2014

De estar no caminho desperto (2)*



Saí por aí pra não fazer sentido

Os lugares se orientavam impossíveis
O caminho esfusiaznte
Tudo era um porém,
Mas se emanava por uma linha sensata
Um destino multicolorido
Que fora destilável.

Era tarde e eu saia
Andava com expectativa
ampliava sentidos
Insinuava laços

Me estiquei por goles d'águas
amplitudes sofisticadas
Na espera de um rompante

Me liberei naquele abraço
Do tipo que nunca tinha se dado
Acarinhado no conforto
Como se flor fosse!
Reconhecendo espaços distraídos
Como abre-alas
Como cicerone
Ampliando espaços afetivos

Estava junto!
Conectando sentidos
Fantasia salientada
Sempre em boa companhia
Com danças desengonçadas
Liberando desejos

Fome de bola de fogo guia
Caminhada soturna
Por noite adentro
Por coragem de segredos revelados
Por intimidades entrelaçadas
Dos olhos infantis satisfeitos
Das inquietudes dos tempos que virão

Disfarçamos olhares
Deslumbramos destinos
Fechamos as portas
Dividimos a cama
Entrelaçamos as pernas

E continua...

*Trecho da música Martelo Bigorna de Lenine

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