22 de janeiro de 2016

Exercícios de descrição (I)

Pelourinho, 22 de janeiro de 2016.
21h40

3 homens encontrados na parede. Um com a tez mais pálida, um casaco no ombro e fumando um cigarro. O do meio é negro, camisa mostrando o tanto de barriga na frente e cabelos enredados, porém curtos. O outro mais amarelado, parece gringo, carrega uma sacola atravessada ao tronco. Olham sorrateiramente e comentam sobre as mulheres que passam. A parede do fundo é verde claro, contrastando com a porta e as janelas verde musgo que compõem o cenário em background. 

Na minha frente, um senhor usa farda com brasão do governo do estado da Bahia no braço direito conversa com um senhor de camisa listrada e sandálias. A conversa gira em torno de um possível "faz-me-rir", ao qual não consigo entender por qual motivo.

Um menino passa saltitando e quase tropeça no paralelepípedo que funciona como pista. Do meu lado, sentada, uma moça com um celular de fundo azul petróleo. Aparenta ter terminado de tomar a cerveja da lada que tem na mão. Um homem que aparenta 28 anos no máximo pega a lata de sua mão enquanto ela mantém o papo que já dura dezenas de minutos. 

Uma criança come um salgado segurando a mão de sua, possivelmente, Vó. Ela é a própria mulher maravilha, já que continua perto das 22h usando tal fantasia. Enquanto isso, Zezito, negro, careca e com menos dentes na boca e acompanhado de pelos sobre os lábios abre um papo com mais 4 senhoras e um senhor. Este último, usa na cabeça um óculos escuros, camisa social e calça jeans. 

Um moço para em pé deste lado da rua. O mesmo do Largo Pedro Arcanjo. Em seus pés, sandálias com o nome Guga Kuerten. Ele está no mesmo lugar em que estava antes a moça que falava no telefone. Essa agora em pé ao meu lado direito exibe um vestido com imagem de Frida Khalo. Com seus cabelos curtos e alorados.

Foram algumas escolhas de visão e algum tempo com a cabeça baixa. Levantei-me...

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