30 de março de 2014

Você, a liberdade em passos.


E foste sensível passeando pelo ambiente que mais parecia sua própria imaginação. Roubou uns três sentidos pra não se sentir sozinho e inadequado, até por que nem tão longe ali poderia haver pontos de escuridão, daí então, o medo... Foste mergulhado à seco pela paisagem que se redistribuía passo a passo sem nem sequer janelas ao redor, agradecido por você ser atento. E quando você nem imaginava terminar o passo, estava ali na frente um grande desafio, a liberdade!

E não é que ela te paralisava, ao contrário, mas ela tava ali, contente, gigante, com um volume maior que todas as prisões que se conhecia. Só não era mais robusta que o amor que estavas a procurar, mas quem compararia o amor e a liberdade em sã consciência? Seu caminho não tinha escorregão, nem um tropeço sequer. Uma agonia isso, sem impulsionamentos compulsórios, mas também desviando de toda dor. Dito isso, ela ainda continuava ali e o fato era que estava sendo agora visto encarando a liberdade.

O que tirar da cartola? A ideia de que poderia realitivizar todo seu arcabouço afetivo para planejar da sua estrada o que quisesse tendo a liberdade como bicho de estimação? O interesse de dominar o estado de solidão sem qua haja alguém para dividir a decisão sobre seu próprio destino? Ou nada, não teria nada para ser subterfúgio para a magnitude desse seu possível encontro com o ae libertador que te enchia os pulmões nesse momento?

Você ali inquieto e eu a contemplar sua divertida agonia, torcendo pra que desse encontro escapulisse pelo menos um tantinho do seu olhar para um possível encontro das nossas caminhadas.

A verdade é que você é muito mais do que conjecturas e esse encontro com a liberdade, vejo de cá, foi apenas mais um momento de vivacidade do seu espírito. Trata desse passo como se lembrasse que ser é o grande desafio, marcado pelo não ser, em contraponto com o outro, delineado por uma identidade contextual, referencial.

Dai você simplesmente andou sem olhar pra trás.

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