19 de janeiro de 2012

Lugar comum


E quando passava por um muro no caminho, desses mal feitos, sem planejar, olhou atentamente o que aquela construção inacabada queria lhe dizer e disse: NADA! Não satisfeito queria mais filosofias nas lições medíocres cotidianas - nem era moralização do seu caminho, ao contrário, estava se obrigando a não passar incólume pelos espaços, mas isso era outra história.

Era um tal de não se satisfazer com a graça do homem contemporâneo, de azucrinar sua consciência sobre a incompetente missão de estar menos virtualizado nas relações, alugar seu corpo para suas cobiças de infortúnios gratuitos nos ambientes, isso tudo com um alto som no ouvido para que não lhe desse margens a pensamentos torpes.

Se afugentou na literatura das coisas e chegou a tal conclusão:

- Estou sozinho, como nunca dantes; E não conseguiu mais continuar a rir...

Ilustração: Igor Souza

Um comentário:

Celine Ramos disse...

a solidão não é destino, muito menos carma.